quinta-feira, 24 de maio de 2007

Rio entre cidades com aluguéis mais caros

A nova edição da pesquisa anual elaborada pela ECA International sobre o preço dos aluguéis em 92 cidades do mundo colocou o Rio de Janeiro no 31º lugar. Segundo o ranking da ECA International, o Rio de Janeiro é a cidade brasileira onde o aluguel é mais caro. Em média, um apartamento de três quartos em área popular entre funcionários de multinacionais custa US$ 2.753 por mês, cerca de R$ 5,3 mil. Já em São Paulo, o aluguel de um imóvel nos parâmetros estabelecidos pela ECA custa US$ 2.467 por mês, algo em torno de R$ 4,8 mil. Esses números deixam São Paulo na 41ª colocação.
A pesquisa é voltada para avaliação dos custos de envio de funcionários para outros países e é encomendada por companhias multinacionais. Para a base da avaliação, a ECA International pesquisa preços de apartamentos de três quartos, sem mobília, em áreas populares entre funcionários de multinacionais. Comparando 57 locações ao redor do mundo nos últimos 10 anos, a média de preços aumentou 22%.
De acordo com a ECA, Hong Kong está em primeiro lugar. Duas cidades americanas estão entre as três mais baratas para o aluguel de apartamentos: Atlanta e Charlotte. Segundo o ranking da ECA International, a cidade mais barata do mundo para o aluguel de um imóvel de três quartos é Nairóbi, no Quênia.


Confira as dez cidades mais caras:
1 - Hong Kong - US$ 8.592*2
2 - Tóquio - US$ 7.3583
3 - Nova York - US$ 7.2494
4 - Moscou - US$ 6.5265
5 - Seul (Coréia do Sul) - US$ 6.2146
6 - Londres - US$ 5.9017
7 - Mumbai - US$ 4.9338
8 - Xangai - US$ 4.0009
9 - Caracas - US$ 3.97410
10 - Paris - US$ 3.869


Fonte: ECA International (*preços em dólares)

Triste estatística

A violência, que já faz parte do cotidiano dos cariocas, eleva as tristes estatísticas. Giovanas, Alanas, João Hélios e outras centenas de pessoas engordam os números nada animadores.
O número de assassinatos e de roubos no estado do Rio aumentou no primeiro trimestre de 2007 em comparação ao mesmo período de 2006, segundo estatística divulgada pelo Instituto de Segurança Pública. Os dados apontam que 1.652 assassinatos foram registrados entre janeiro e março deste ano, contra 1.608 dos três primeiros meses de 2006. Em termos percentuais, a alta foi de 2,66%. Já o total de roubos aumentou em 5.236 casos, passando de 28.828 para 34.064, alta de 18,16%.


Cena rotineira: policiais e bandidos trocam tiros no Morro da Mineira à luz do dia

Por incrível que pareça, houve queda no número de balas perdidas
O ISP também registra 43% a mais de mortes de policiais em serviço. Como já foi divulgado neste blog, de janeiro a março deste ano, 10 policiais morreram em serviço, contra 7 do mesmo período de 2006.
Problemas com balas perdidas têm assustado a população, mas o estado registrou queda no número desses casos durante o período de janeiro a março. Segundo a diretora-presidente do ISP, Ana Paula Miranda, o resultado não inclui as fatalidades ocorridas durante as ações policiais na Vila Cruzeiro, na Penha. O que fariam os números se elevarem absurdamente.
"Não estamos omitindo nada, pois as ocorrências atuais ainda não foram analisadas. Em relação ao mesmo período do ano passado, tivemos uma redução de sete pessoas mortas por balas perdidas, e 87 casos de feridos" afirmou Ana Paula.

Policia invade o Complexo do Alemão em horário escolar

Grupo conta mortes e feridos desde fevereiro
O site do Rio Body Count é formado por um grupo voluntário, apartidário e sem vínculo com qualquer instituição pública ou privada se dedica a contabilizar o número de mortes e feridos nessa guerra urbana, e que viram manchetes na grande imprensa. Até hoje, o site contabilizava 962 mortes e 596 feridos. Devemos levar em conta que o grupo divulga apenas o que é publicado na imprensa, porém nem todos os fatos viram notícias. Se isso acontecesse, o número seria bem melhor.





Tiroreio no complexo do alemão

terça-feira, 22 de maio de 2007

Soltar balões é crime

Durante os meses de junho, julho e agosto é tempo de festa na igreja católica. Esse período é conhecido como a temporada dos balões. Porém, soltar balões é considerado crime, pois aumenta a incidência de incêndios. Para evitar que acidentes aconteçam, a Defesa Civil pede ajuda a população para que denunciem a soltura de balões. A campanha Disque Balão está no 9° ano consecutivo. O objetivo é combater não só a soltura de balões como também a confecção e comercialização.
A população poderá fazer as denúncias, e o Disque-Denúncia garante total sigilo com relação a identidade do delator. As denúncias anônimas são feitas através do telefone 2253-1177. Aquelas que resultarem em detenções de baloeiros e apreensões de material serão recompensadas com uma quantia que varia entre R$ 300 e R$ 1.000.
Com o relançamento da campanha contra balões, o Disque-Denúncia já apreendeu 20 balões em São Gonçalo. A apreensão foi feita por policiais do batalhão florestal e de meio ambiente. Também foi encontrado um maçarico e um botijão de gás. Quase todos os balões apreendidos foram recolhidos quando já estavam caindo, mas felizmente, não houve registro de incêndios na região. A polícia não encontrou os responsáveis pelo material. Os balões foram recolhidos graças a uma ligação para o Disque-Denúncia.
Nos oito anos anteriores em que a campanha foi realizada, as informações fornecidas pela população levaram a polícia a apreender mais de 600 balões medindo entre 1 e 65 metros de comprimento.
Quem quiser denunciar, ligue para o Disque-Denúncia 2253-1177

quinta-feira, 10 de maio de 2007

O Cristo pede ajuda

O Cristo Redentor não está entre os dez mais votados para as 7 Novas Maravilhas do Mundo até agora, informou hoje a Fundação New Seven Wonders, que promove o concurso pela internet. Segundo os últimos resultados, por ordem alfabética, os dez primeiros postos são ocupados por Acrópole de Atenas, o Coliseu de Roma, as Estátuas da Ilha de Páscoa, a Grande Muralha China, Machu Picchu, a cidade de Petra (Jordânia), Pirâmide de Chichén Itzá (México), o Taj Mahal, a Torre Eiffel e o Stonehenge.
Depois dos dez primeiros lugares estão o Templo de Angkor, Alhambra, a mesquita de Santa Sofia, o Templo de Kiyomizu, o Kremlin, o Castelo de Neuschwanstein, a Estátua da Liberdade, o Cristo Redentor, a Ópera House de Sydney e a cidade de Timbuktu. Mais de 40 milhões de votos foram contabilizados no concurso, promovido pelo filantropo suíço Bernard Weber. Os resultados serão divulgados no dia 7 de julho no Estádio da Luz em Lisboa, onde será realizada a cerimônia da Declaração Universal. O espetáculo servirá como marco de apresentação para a eleição final dos novos ícones do mundo moderno, escolhidos por votação popular

Legalize já: passeata gera opiniões divergentes

A Marcha da Maconha no Arpoador reuniu cerca de 200 manifestantes, entre usuários e pessoas favoráveis à discriminalização. Faixas, cartazes, incensos, gritos de guerra e palavras de ordem como "Tem que liberar a maconha para fumar", marcaram a passeata.
Os organizadores proibiram as pessoas de consumirem maconha durante a marcha, mas muitas pessoas não respeitaram, e fumaram a droga sem repressão policial. Os policiais estavam à paisana e vigiaram a passeata de longe.
Quem preferiu não se expor, usou máscaras de pessoas públicas que defendem a legalização, como o governador Sérgio Cabral, o deputado federal Fernando Gabeira (PV) e o cantor Marcelo D2.

A Marcha da Maconha rachou a cidade ao meio e dividiu a opinião dos cariocas. A cantora Lucília Perrone, de 29 anos, disse ter o "direito de mostrar o rosto", e não usou máscaras. Ela contou que fuma maconha há um ano, e se sente mal em ter que comprar a droga com traficantes. "Até evito fumar para não alimentar a violência. Com a legalização, o Estado vai poder arrecadar imposto" justificou.
O Secretário estadual de Ambiente e conhecido defensor de políticas públicas de descriminalização das drogas, Carlos Minc disse que foi à passeata como cidadão. "Os traficantes de drogas estão cada vez mais fortes, e a legalização é uma opção para diminuir esse poder paralelo. Não se pode responsabilizar o consumidor pelo que acontece na criminalidade", afirma.


No que se refere ao incentivo do consumo, o assessor parlamentar da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), José Mynssen Moraes, 65, discorda radicalmente de quem é contra o uso da droga. "Todos meus filhos tiveram oportunidade de fumar maconha. Fumar um baseado e ir namorar é melhor. Traz equilíbrio emocional", defende Moraes, que se gaba de ter fumado maconha pela primeira vez no Morro da Mangueira, em 1962.


Passeata foi denunciada ao MP
Apesar do entusiasmo dos manifestantes, a marcha desagradou a muitas pessoas, e teve também a presença de opositores. O prior do apostolado da Opus Christi, João Carlos Costa, disse ter denunciado ao Ministério Público Estadual a passeata. Segundo ele, a apologia ao crime não pode ser tolerada num local público freqüentado por crianças e distribuiu panfletos contra a manifestação.

Moradora de Ipanema, a aposentada Neusa Guimarães, de 75 anos, também foi contra à marcha com medo da insegurança. "A legalização incentiva os jovens a ficarem viciados", argumentou a aposentada.

Marcha da Maconha tem apoio de ONGs que são a favor da legalização da droga
O coordenador da ONG Psicotropicus, Luiz Paulo Guanabara, um dos organizadores, afirma que o objetivo do protesto não é fazer apologia das drogas. "Não será permitido aos participantes levar maconha. Defendo o direito das pessoas de fazerem uso da droga. A proibição estimula a violência", diz.

Autoridades divergem sobre o assunto
A assessoria do Palácio Guanabara informou que considera a marcha uma manifestação democrática e não vê empecilho para o uso da imagem do governador. A Secretaria de Segurança Pública alerta, porém, que junto às máscaras não pode haver cigarros nem referências ofensivas.

O especialista em segurança Ignácio Cano é a favor da legalização das drogas como forma de combate à violência. "A proibição é um erro da nossa civilização que só gera violência e corrupção. Droga é questão de saúde pública", argumenta.
Já o prefeito César Maia, que é contra a legalização do comércio das drogas, acredita que a medida só aumentaria a criminalidade.
No Congresso, não tramita qualquer projeto sobre o tema.

Vídeo que mostra os bastidores da Marcha da Maconha