quinta-feira, 24 de maio de 2007

Rio entre cidades com aluguéis mais caros

A nova edição da pesquisa anual elaborada pela ECA International sobre o preço dos aluguéis em 92 cidades do mundo colocou o Rio de Janeiro no 31º lugar. Segundo o ranking da ECA International, o Rio de Janeiro é a cidade brasileira onde o aluguel é mais caro. Em média, um apartamento de três quartos em área popular entre funcionários de multinacionais custa US$ 2.753 por mês, cerca de R$ 5,3 mil. Já em São Paulo, o aluguel de um imóvel nos parâmetros estabelecidos pela ECA custa US$ 2.467 por mês, algo em torno de R$ 4,8 mil. Esses números deixam São Paulo na 41ª colocação.
A pesquisa é voltada para avaliação dos custos de envio de funcionários para outros países e é encomendada por companhias multinacionais. Para a base da avaliação, a ECA International pesquisa preços de apartamentos de três quartos, sem mobília, em áreas populares entre funcionários de multinacionais. Comparando 57 locações ao redor do mundo nos últimos 10 anos, a média de preços aumentou 22%.
De acordo com a ECA, Hong Kong está em primeiro lugar. Duas cidades americanas estão entre as três mais baratas para o aluguel de apartamentos: Atlanta e Charlotte. Segundo o ranking da ECA International, a cidade mais barata do mundo para o aluguel de um imóvel de três quartos é Nairóbi, no Quênia.


Confira as dez cidades mais caras:
1 - Hong Kong - US$ 8.592*2
2 - Tóquio - US$ 7.3583
3 - Nova York - US$ 7.2494
4 - Moscou - US$ 6.5265
5 - Seul (Coréia do Sul) - US$ 6.2146
6 - Londres - US$ 5.9017
7 - Mumbai - US$ 4.9338
8 - Xangai - US$ 4.0009
9 - Caracas - US$ 3.97410
10 - Paris - US$ 3.869


Fonte: ECA International (*preços em dólares)

Triste estatística

A violência, que já faz parte do cotidiano dos cariocas, eleva as tristes estatísticas. Giovanas, Alanas, João Hélios e outras centenas de pessoas engordam os números nada animadores.
O número de assassinatos e de roubos no estado do Rio aumentou no primeiro trimestre de 2007 em comparação ao mesmo período de 2006, segundo estatística divulgada pelo Instituto de Segurança Pública. Os dados apontam que 1.652 assassinatos foram registrados entre janeiro e março deste ano, contra 1.608 dos três primeiros meses de 2006. Em termos percentuais, a alta foi de 2,66%. Já o total de roubos aumentou em 5.236 casos, passando de 28.828 para 34.064, alta de 18,16%.


Cena rotineira: policiais e bandidos trocam tiros no Morro da Mineira à luz do dia

Por incrível que pareça, houve queda no número de balas perdidas
O ISP também registra 43% a mais de mortes de policiais em serviço. Como já foi divulgado neste blog, de janeiro a março deste ano, 10 policiais morreram em serviço, contra 7 do mesmo período de 2006.
Problemas com balas perdidas têm assustado a população, mas o estado registrou queda no número desses casos durante o período de janeiro a março. Segundo a diretora-presidente do ISP, Ana Paula Miranda, o resultado não inclui as fatalidades ocorridas durante as ações policiais na Vila Cruzeiro, na Penha. O que fariam os números se elevarem absurdamente.
"Não estamos omitindo nada, pois as ocorrências atuais ainda não foram analisadas. Em relação ao mesmo período do ano passado, tivemos uma redução de sete pessoas mortas por balas perdidas, e 87 casos de feridos" afirmou Ana Paula.

Policia invade o Complexo do Alemão em horário escolar

Grupo conta mortes e feridos desde fevereiro
O site do Rio Body Count é formado por um grupo voluntário, apartidário e sem vínculo com qualquer instituição pública ou privada se dedica a contabilizar o número de mortes e feridos nessa guerra urbana, e que viram manchetes na grande imprensa. Até hoje, o site contabilizava 962 mortes e 596 feridos. Devemos levar em conta que o grupo divulga apenas o que é publicado na imprensa, porém nem todos os fatos viram notícias. Se isso acontecesse, o número seria bem melhor.





Tiroreio no complexo do alemão

terça-feira, 22 de maio de 2007

Soltar balões é crime

Durante os meses de junho, julho e agosto é tempo de festa na igreja católica. Esse período é conhecido como a temporada dos balões. Porém, soltar balões é considerado crime, pois aumenta a incidência de incêndios. Para evitar que acidentes aconteçam, a Defesa Civil pede ajuda a população para que denunciem a soltura de balões. A campanha Disque Balão está no 9° ano consecutivo. O objetivo é combater não só a soltura de balões como também a confecção e comercialização.
A população poderá fazer as denúncias, e o Disque-Denúncia garante total sigilo com relação a identidade do delator. As denúncias anônimas são feitas através do telefone 2253-1177. Aquelas que resultarem em detenções de baloeiros e apreensões de material serão recompensadas com uma quantia que varia entre R$ 300 e R$ 1.000.
Com o relançamento da campanha contra balões, o Disque-Denúncia já apreendeu 20 balões em São Gonçalo. A apreensão foi feita por policiais do batalhão florestal e de meio ambiente. Também foi encontrado um maçarico e um botijão de gás. Quase todos os balões apreendidos foram recolhidos quando já estavam caindo, mas felizmente, não houve registro de incêndios na região. A polícia não encontrou os responsáveis pelo material. Os balões foram recolhidos graças a uma ligação para o Disque-Denúncia.
Nos oito anos anteriores em que a campanha foi realizada, as informações fornecidas pela população levaram a polícia a apreender mais de 600 balões medindo entre 1 e 65 metros de comprimento.
Quem quiser denunciar, ligue para o Disque-Denúncia 2253-1177

quinta-feira, 10 de maio de 2007

O Cristo pede ajuda

O Cristo Redentor não está entre os dez mais votados para as 7 Novas Maravilhas do Mundo até agora, informou hoje a Fundação New Seven Wonders, que promove o concurso pela internet. Segundo os últimos resultados, por ordem alfabética, os dez primeiros postos são ocupados por Acrópole de Atenas, o Coliseu de Roma, as Estátuas da Ilha de Páscoa, a Grande Muralha China, Machu Picchu, a cidade de Petra (Jordânia), Pirâmide de Chichén Itzá (México), o Taj Mahal, a Torre Eiffel e o Stonehenge.
Depois dos dez primeiros lugares estão o Templo de Angkor, Alhambra, a mesquita de Santa Sofia, o Templo de Kiyomizu, o Kremlin, o Castelo de Neuschwanstein, a Estátua da Liberdade, o Cristo Redentor, a Ópera House de Sydney e a cidade de Timbuktu. Mais de 40 milhões de votos foram contabilizados no concurso, promovido pelo filantropo suíço Bernard Weber. Os resultados serão divulgados no dia 7 de julho no Estádio da Luz em Lisboa, onde será realizada a cerimônia da Declaração Universal. O espetáculo servirá como marco de apresentação para a eleição final dos novos ícones do mundo moderno, escolhidos por votação popular

Legalize já: passeata gera opiniões divergentes

A Marcha da Maconha no Arpoador reuniu cerca de 200 manifestantes, entre usuários e pessoas favoráveis à discriminalização. Faixas, cartazes, incensos, gritos de guerra e palavras de ordem como "Tem que liberar a maconha para fumar", marcaram a passeata.
Os organizadores proibiram as pessoas de consumirem maconha durante a marcha, mas muitas pessoas não respeitaram, e fumaram a droga sem repressão policial. Os policiais estavam à paisana e vigiaram a passeata de longe.
Quem preferiu não se expor, usou máscaras de pessoas públicas que defendem a legalização, como o governador Sérgio Cabral, o deputado federal Fernando Gabeira (PV) e o cantor Marcelo D2.

A Marcha da Maconha rachou a cidade ao meio e dividiu a opinião dos cariocas. A cantora Lucília Perrone, de 29 anos, disse ter o "direito de mostrar o rosto", e não usou máscaras. Ela contou que fuma maconha há um ano, e se sente mal em ter que comprar a droga com traficantes. "Até evito fumar para não alimentar a violência. Com a legalização, o Estado vai poder arrecadar imposto" justificou.
O Secretário estadual de Ambiente e conhecido defensor de políticas públicas de descriminalização das drogas, Carlos Minc disse que foi à passeata como cidadão. "Os traficantes de drogas estão cada vez mais fortes, e a legalização é uma opção para diminuir esse poder paralelo. Não se pode responsabilizar o consumidor pelo que acontece na criminalidade", afirma.


No que se refere ao incentivo do consumo, o assessor parlamentar da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), José Mynssen Moraes, 65, discorda radicalmente de quem é contra o uso da droga. "Todos meus filhos tiveram oportunidade de fumar maconha. Fumar um baseado e ir namorar é melhor. Traz equilíbrio emocional", defende Moraes, que se gaba de ter fumado maconha pela primeira vez no Morro da Mangueira, em 1962.


Passeata foi denunciada ao MP
Apesar do entusiasmo dos manifestantes, a marcha desagradou a muitas pessoas, e teve também a presença de opositores. O prior do apostolado da Opus Christi, João Carlos Costa, disse ter denunciado ao Ministério Público Estadual a passeata. Segundo ele, a apologia ao crime não pode ser tolerada num local público freqüentado por crianças e distribuiu panfletos contra a manifestação.

Moradora de Ipanema, a aposentada Neusa Guimarães, de 75 anos, também foi contra à marcha com medo da insegurança. "A legalização incentiva os jovens a ficarem viciados", argumentou a aposentada.

Marcha da Maconha tem apoio de ONGs que são a favor da legalização da droga
O coordenador da ONG Psicotropicus, Luiz Paulo Guanabara, um dos organizadores, afirma que o objetivo do protesto não é fazer apologia das drogas. "Não será permitido aos participantes levar maconha. Defendo o direito das pessoas de fazerem uso da droga. A proibição estimula a violência", diz.

Autoridades divergem sobre o assunto
A assessoria do Palácio Guanabara informou que considera a marcha uma manifestação democrática e não vê empecilho para o uso da imagem do governador. A Secretaria de Segurança Pública alerta, porém, que junto às máscaras não pode haver cigarros nem referências ofensivas.

O especialista em segurança Ignácio Cano é a favor da legalização das drogas como forma de combate à violência. "A proibição é um erro da nossa civilização que só gera violência e corrupção. Droga é questão de saúde pública", argumenta.
Já o prefeito César Maia, que é contra a legalização do comércio das drogas, acredita que a medida só aumentaria a criminalidade.
No Congresso, não tramita qualquer projeto sobre o tema.

Vídeo que mostra os bastidores da Marcha da Maconha

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Show aéreo encanta um milhão de cariocas

Aproximadamente um milhão de pessoas compareceram a Praia de Botafogo, Zona Sul do Rio, com os olhos vidrados no céu para não perder nenhuma das acrobacias dos pilotos que participam do Red Bull Air Race. O britânico Paul Bonhomme venceu a segunda etapa do Red Bull Air Race e fez história. Ele terminou o circuito com o tempo de 01:32:45 na final contra o espanhol Alejandro Maclean (01:36:53), confirmando o favoritismo que predominou desde as classificatórias. Uma multidão tomou conta da praia de Botafogo, do Aterro do Flamengo e do Morro da Urca - um público recorde para um evento esportivo no Brasil.
A corrida começou com meia hora de atraso. As janelas e varandas da orla ficaram lotadas. Em um shopping na Praia de Botafogo, os restaurantes que abriram suas mesas para reserva com vista privilegiada do evento garantiram a lotação esgotada em apenas 20 minutos. Quem ficou de fora, brigava por uma vaga no terraço.
A competição contou com 12 pilotos disputando quem percorre entre zigue-zagues e rodopios, os 1,4 km do circuito em menos tempo. Os aviões podem chegar a 400 km/h e a pressão sobre o corpo do piloto pode atingir dez vezes o peso do corpo do pilotoPara garantir a segurança, dois mil seguranças do evento e 350 policiais militares se espalharam pela orla de Botafogo. Quatro telões foram instalados ao longo da praia para ajudar o público a assistir ao espetáculo.

Assaltos e furtos à turistas aumentam no feriadão de São Jorge

O feriadão de São Jorge foi agitado na Zona Sul do Rio, principalmente para os turistas, que vieram de todas as partes do mundo, para apreciar a beleza dos dias ensolarados da cidade maravilhosa. Porém, o registro de 17 assaltos durante o feriado pode ter feito o encanto se acabar.
Segundo a Delegacia Especial de Atendimento ao Turista (Deat), o número foi alto. A unidade, que costuma receber em média quatro registros de roubos e furtos por dia, registrou 12 assaltos, somente na segunda-feira (dia 23). A maioria dos casos aconteceu na praia.
Um americano de 56 anos, que preferiu não se identificar, teve 700 dólares furtados, o equivalente a R$ 1.425, além de cartões de crédito e o passaporte. Ele estava na areia na Praia de Copacabana, em frente ao Othon Palace, onde está hospedado. "Foi tudo muito rápido. Um homem passou com guarda-sol perto de mim e levou a bolsa com as minhas coisas. Na hora, nem percebi", conta o turista. O turista disse ter sido orientado por funcionários do hotel a não andar nas ruas com grande quantidade de dinheiro e nem com o passaporte, mas preferiu diminuir o problema. "O Rio é uma cidade linda. Ela precisa pegar o exemplo de Nova York, onde vivo. Lá, acabamos com os assaltos a turistas", comenta.
As inglesas Suzana Brandon e Claire Hussey, ambas de 19 anos também foram vítimas de furto na praia. "Claire foi mergulhar e eu fiquei tomando sol. Um garoto pegou a minha bolsa e saiu correndo. Não tive reação", conta Suzana. Na bolsa, havia um celular e R$ 30. O mais triste é essa é a segunda vez que elas são assaltadas no Brasil. Em Florianópolis (SC), o prejuízo foi de R$ 200.
Recém chegados a cidade, os estudantes irlandeses Eirian Waters, 23 anos, e Kazunari, 28, deixaram a bagagem no hotel e saíram para passear. Com menos de duas horas na cidade, eles foram roubados próximo ao Shopping Rio Sul, em Botafogo. Três homens com uma faca os renderam e levaram R$ 300 e uma câmera digital. "Estava sentindo aquele deslumbramento de quem chega com a beleza do Rio. E infelizmente acontece isso", diz Eirian, que não pretende antecipar sua volta. "Vou ficar até a próxima segunda. Já soube que vai haver um grande jogo no Maracanã domingo. Não posso perder, mas vou ficar mais atento", ressalta o estudante.
Os cariocas, povo tão acalorado, sempre estão de braços abertos para receber os turistas. Eles trazem investimentos e divulgam a cidade lá fora. Só esperamos que os desrespeitos aos turistas na cidade não ofusquem o brilho que o Rio de Janeiro possui.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Mais uma tragédia em família

"Já enterrei uma filha, e agora, um irmão. O que vai ser da minha vida?". Esse foi o desabafo da diarista Edna Ezequiel, que há um mês perdeu a filha Alana, de 12 anos, vítima fatal de uma bala perdida, no Morro dos Macacos. Agora foi a vez do tio da menina ter a vida interrompida por causa da violência no Rio de Janeiro.
Hélio José da Silva Henrique, 25 anos, era office-boy. Ele foi assassinado com três tiros. A polícia suspeita que a morte tenha sido uma vingança. Irmão de Hélio, o segurança José de Assis da Silva, 47 anos, porém, levantou hipótese de participação de policiais no crime. "Os assassinos estavam de máscara. E quem normalmente cobre rosto é polícia", atacou José. Sobre os motivos do crime, o motorista soltou o verbo, sem medo. "Não posso afirmar nada, mas Edna dava muitas entrevistas e o Hélio pressionou por respostas sobre a Alana. Ia avisá-lo para parar, mas não deu tempo", comenta o segurança, afirmando achar estranha a versão de que Hélio tenha sido morto por traficantes do Morro São João, que naquele dia teriam trocado tiros com rivais do Morro dos Macacos.
A polícia ainda não soube informar se a morte de Hélio foi por bala perdida ou execução, nem se o rapaz teria ligação com traficantes. Segundo o comandante do 6º Batalhão, na Tijuca, Roberto Alves de Lima, as primeiras informações seriam de que Hélio não moraria mais no morro e só teria ido à casa dos familiares para comunicar o nascimento de sua filha.
Durante o enterro de Hélio, a diarista Edna trouxe de volta o rosto triste, amargurado e sem esperança. "A gente não tem mais paz. O morro está em guerra", disse ela muito abalada.

sábado, 7 de abril de 2007

O Cristo é uma maravilha

Continua com força total a campanha para eleger o Cristo Redentor como um das Sete Maravilhas do Mundo. O maior monumento carioca e mais conhecido símbolo do Brasil está entre 21 finalistas. Os organizadores da campanha "Vote no Cristo. Ele é uma Maravilha!” estimam que sejam necessários 10 milhões de votos para dar o título ao monumento.
A concorrência é acirrada. À frente da disputa estão Coliseu (Roma), Muralha da China, Machu Pichu (Peru), Taj Mahal (Índia), Moais (estátuas da Ilha de Páscoa, Chile), Pirâmides do Egito, Acrópolis (Grécia), Alhambra (Espanha), Chichen Itza (México), Hagia Sophia (Turquia), Torre Eiffel (França), Estátua da Liberdade (EUA), Ópera de Sidney (Austrália), Stonehenge (Inglaterra) e Petra (Jordânia).
Segundo o secretário-executivo da campanha Sávio Neves, o Cristo só depende de uma mobilização nacional para conseguir se eleger, e fazer parte dessa tão sonhada lista. "É uma oportunidade única e vitalícia. Só depende do nosso engajamento. O Corcovado é orgulho nacional e pertence aos brasileiros. Queremos o privilégio de usar esse título", afirmou Sávio.
O arcebispo da cidade, Dom Eusébio Scheidt também se mostrou animado coma a candidatura. "Cristo nos elegeu primeiro e agora é hora de nós, cariocas e brasileiros, elegermos o Redentor como a primeira e grande maravilha do mundo. Aqui já é um santuário e é também a cara do Brasil", declarou o cardeal.
O concurso tem parceria com a UNESCO e tem como objetivo despertar o interesse mundial por ícones históricos e culturais e sua preservação. Além de atrair mais turistas, os monumentos que serão escolhidos vão ganhar uma verba anual para a sua manutenção. Das sete maravilhas antigas, todas construídas entre 2.500 e 200 antes de Cristo, só as Pirâmides do Egito resistiram à ação do tempo e dos homens.
O resultado do novo concurso será divulgado no dia 7 de julho, em Lisboa, Portugal.

Empresas aderem a campanha
Nesta reta final, empresas, órgãos públicos, turistas e cariocas estão abraçando a campanha. A estratégia é levar as urnas para locais onde haja grande concentração de pessoas, como os shoppings Nova América,Barrashopping e Norte Shopping. A Rodoviária Novo Rio também entrou na campanha, e instalou um terminal de votação no setor de embarque, por onde circulam diariamente 150 mil pessoas. Também é possível votar no Mercadão de Madureira. A Cedae imprimiu a logomarca da campanha e os sites para votação nos contracheques dos seus 7.500 funcionários e nas contas de água entregues a 1,5 milhão de clientes da concessionária, com pedidos de voto para o Corcovado. A Bradesco Seguros lançou a campanha em seu site e vem fazendo divulgação em jornais de grande circulação. A Prefeitura do Rio também aderiu ao movimento, divulgando a candidatura oficial nos contracheques dos servidores do município.
Nas próximas semanas, serão instalados novos terminais para votação nos aeroportos do Galeão e Santos Dumont. Segundo os organizadores, a Infraero pretende levar a campanha para 34 aeroportos do País.

Como votar
A votação é feita pelo site oficial
www.n7w.com. Para facilitar a vida dos brasileiros, a campanha "Vote no Cristo. Ele é uma Maravilha" criou site em português:
www.corcovado.com.br. Para votar, é necessário preencher um cadastro com os dados pessoais. Ao término do preenchimento, uma mensagem informará que o internauta precisa confirmar o registro no e-mail cadastrado. A mensagem será enviada automaticamente. Recebido o e-mail, basta clicar no link da mensagem para iniciar a votação. Uma nova página será aberta com todos os candidatos às novas Sete Maravilhas do Mundo. É preciso escolher sete opções. Para votar mais de uma vez deve-se fechar o navegador e fornecer outro e-mail.

Vitória contra a violência

A palavra "impossível" não faz mais parte do dicionário da universitária Camila Magalhães Lima Mutzenbecher, 21 anos. Ela já tem sensibilidade nas pernas depois de ser submetida a mais uma cirurgia, em Portugal. A jovem ficou tetraplégica aos 12 anos, quando foi atingida por uma bala perdida em Vila Isabel.
Já faz seis meses que Camila voltou de Portugal. Lá, ela passou por uma cirurgia de transplante de células-tronco, e hoje, já nota sensibilidade nas pernas. A notícia foi recebida com festa pela família da jovem, que retomou o sonho de voltar a andar. "Chega a ser difícil descrever o que estou sentindo. Depois da cirurgia, passei a perceber coisas que até pouco tempo atrás não percebia. Outro dia mesmo senti uma dor no joelho que nunca senti antes. É como se estivesse com uma percepção maior do meu corpo", afirma Camila.
Durante a semana, Camila participou de uma sessão intensa de fisioterapia. Auxiliada por um andador e por um imobilizador de joelhos, ela voltou a tentar alguns passos. Segundo a fisioterapeuta Adriana Dias, que está com Camila desde janeiro, os exercícios
ajudam o cérebro da estudante a recuperar a memória motora.
"Pela extensão da área lesionada, não era para Camila fazer certos movimentos nos bíceps, tríceps, punhos e dedos. Mesmo assim, ela é capaz de se vestir sozinha, de usar o computador e até já tirou carteira de motorista. Acredito muito no potencial de recuperação da Camila", comenta a fisioterapeuta, otimista com o sucesso do tratamento.
A mãe de Camila, a aposentada Ana Lúcia Magalhães Lima, 58 anos, continua brigando na Justiça pelo pagamento da indenização a que a filha tem direito. Em setembro, Camila só conseguiu viajar para Portugal graças à solidariedade de um comerciante português, que emprestou 35 mil euros, o equivalente a R$ 90 mil.
"As autoridades precisam entender que não quero o dinheiro para comprar roupas caras ou passear no
exterior. Só tenho três anos para quitar a dívida que fiz para a minha filha fazer a cirurgia. A Justiça tem que prender o ladrão, mas também socorrer a vítima. O ladrão já foi solto, mas minha filha continua presa a uma cadeira de rodas", desabafa Ana Lúcia, que ganha R$ 1.700 mensais de aposentadoria.
Mas a luta de Camila e de sua família não estão próximos do fim. O novo desafio é comprar o Sygen, um remédio que ajuda na regeneração das células-tronco na área lesionada. O problema é que cada ampola custa cerca de R$ 180 e Camila precisa tomar, no mínimo, 60 doses.
"Vivo com pires na mão. Quando um empresta daqui, corro para pagar a quem devo dali e assim por diante. Só em despesas com a Camila, gasto R$ 3 mil por mês. Só não faço mais porque não posso", lamenta a mãe de Camila.
Ana Lúcia abriu uma conta no Bradesco (agência 2796-0, C/P 3783-4) para ajudar no tratamento da filha.

domingo, 1 de abril de 2007

Reunião inédita entre PM e líderes comunitários deixa o prefeito irritado

Pela primeira vez, comunidades pobres assumiram o papel de interlocutores da população. Essa semana, representantes e moradores de cerca de 30 favelas, entregaram ao comandante-geral da Polícia Militar, coronel Ubiratan Ângelo, um manifesto contra a violência. Eles também apresentaram uma proposta de cessar-fogo nas comunidades. O encontro foi criticado pelo prefeito da cidade César Maia, que chamou a ONG Viva Rio de “uma das coisas mais perniciosas que aconteceram no Rio em matéria de segurança pública”.
No manifesto, consta a proposta de líderes comunitários que comprometerem a entrar em contato com os traficantes e de admitirem se relacionar com eles. Após ouvir a leitura do texto, coronel Ubiratan Ângelo disse ter gostado do que ouviu, mas achou pouco provável que a proposta de cessar-fogo tenha eficácia imediata.
O coronel pediu ajuda da ONG Viva Rio, para que Rubem César Fernandes, diretor-executivo da ONG, possa acompanhá-lo nessa metodologia para juntos buscarem uma solução. Fernandes propôs um fórum para que os moradores exponham as dúvidas e a polícia as esclareça. Na reunião, o representante do Viva Rio, enfatizou ainda, a coragem e a ousadia dos moradores em assumir o risco de enfrentar os traficantes pedindo que não dêem o primeiro tiro.
Outra questão cobrada foi o emprego. Líderes afirmaram que os criminosos entram para o tráfico por falta de oportunidade. "Agora, boca de fumo virou empresa", disse o presidente da Federação das Associações de Favelas do Estado do Rio de Janeiro, a Faferj, José Nerson. Sandra Miguel Nogueira, representante da comunidade da Serrinha, também se manifestou. "Estamos impotentes, não conseguimos direcionar as crianças que morrem na maioria das vezes entre sete e quatorze anos", declarou.


Duras críticas ao Viva Rio e a PM
A reunião ocorreu debaixo de muitas críticas do Prefeito do Rio César Maia. Para ele, a ação do tráfico se combate com forte repressão da polícia e a iniciativa do movimento de evitar incursões prejudica o trabalho de combate à violência. “O Viva Rio tem feito isso através dos anos e o resultado só piora a situação. É uma das coisas mais perniciosas que aconteceram no Rio em matéria de segurança pública. Tenho certeza de que seus integrantes são pessoas qualificadas, de bem, mas completamente equivocadas. O que eles propõem sempre fortalece o tráfico de drogas e não a paz”, declarou em alto e bom som, o prefeito.
Nem a Polícia Militar foi poupada. “O GPAE (Grupamento de Policiamento em Áreas Especiais, que faz patrulhamento comunitário) é uma espécie de comando de proteção à boca-de-fumo", disse o prefeito, insinuando que os PMs fazem vista grossa aos traficantes.
A PM e o coordenador do Viva Rio, Rubem César Fernandes, não quiseram se manifestar sobre os comentários.

domingo, 25 de março de 2007

Policial: profissão perigo

Já foi o tempo em que o policial era visto símbolo da proteção. Hoje em dia, eles são os principais alvos de bandidos que aterrorizam a cidade. Já chega a 38 o número de policiais mortos nesse trimestre. Segundo a Secretaria de Segurança, foram 32 PMs e seis civis. Dos PMs, 10 foram mortos em serviço, sendo nove em confronto e um de enfarto. Os demais morreram durante a folga, por razões diversas, sendo a maioria em conseqüência de reação a assaltos ou executados por bandidos.
Em missa realizada na Igreja da Candelária em memória as vítimas, o governador Sérgio Cabral informou que serão tomadas medidas concretas para reforçar o duelo contra a criminalidade, como a convocação de investigadores da Policia Civil e reforço do número de policiais nos batalhões, onde a incidência de crimes é maior.
O secretário de Segurança José Mariano Beltrame lamentou as mortes ocorridas este ano, mas ressaltou o heroísmo dos profissionais, confessando o orgulho pela dedicação a profissão que escolheram. "É preciso ter indignação contra a barbárie. A capacidade de nos indignarmos contra a estupidez desses criminosos é que nos mantém na luta, sem jamais perder a esperança de vencê-la. Só assim a morte desses e de outros policiais não será em vão. Vamos apoiar os policiais que ainda continuam nas ruas, acreditando sempre num futuro melhor", disse Beltrame.Entre o dia 8 e o dia 15 deste mês, 12 policiais militares foram assassinados no Rio: cinco estavam em serviço, quatro de folga e três estavam à paisana.

Relembre os casos:
Na quinta-feira (8 de março), o soldado da PM Cláudio Ferreira da Silva, lotado no Batalhão de Choque, foi morto a tiros por dois homens em uma moto em um ponto de ônibus da Avenida Marechal Deodoro, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Os ladrões teriam atirado ao perceber que o soldado, embora estivesse à paisana, estava armado. Pouco antes, o PM Fábio Luis Gadelho de Carvalho havia sido morto em Olaria, na Zona Norte do Rio. Ele seguia em um carro da corporação quando foi atacado por homens que seguiam em outro carro. Os algozes seriam traficantes da favela do Caracol.
Naquela mesma noite, foram mortos ainda o cabo da PM Sebastião da Silva Santos e o soldado Fábio Roberto da Silva, do 9º Batalhão (Rocha Miranda), na Avenida Monsenhor Félix, em Irajá, também Zona Norte do Rio. Eles chegavam para atender uma ocorrência, mas foram recebidos a tiros por quatro desconhecidos. Os dois morreram na hora, e as armas que eles carregavam foram roubadas.
Na noite de sexta-feira (9 de março), Marcel Soares de Souza, 32 anos, foi abordado por dois homens quando voltava para casa, em Oswaldo Cruz, na Zona Norte do Rio, e baleado no rosto. O policial também era do 9° Batalhão.
Na noite de domingo (11 de março), o soldado da PM Cláudio Malker de Freitas Silva, 37, lotado no 12º Batalhão (Niterói), foi morto a tiros em um restaurante da praia de Itaipuaçu, em Maricá (RJ); e o PM Douglas de Oliveira Carneiro, 35, foi cercado por um grupo e morto a tiros ao sair de um baile funk, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio.
Na noite de segunda-feira (12 de março), o capitão da PM Paulo César Silva dos Santos Lima foi morto a tiros por homens que interceptaram seu carro, um Honda Fiat, para roubá-lo, em Anchieta, na Zona Norte do Rio. Ele estava à paisana no momento do crime.
Na noite de terça (13 de março), o sargento Hélio Ricardo Porto Valentino, 45, foi rendido por criminosos quando passava em seu carro, um Siena, na Pavuna. De acordo com a PM, o sargento estava de folga e não reagiu, mas os ladrões atiraram ao perceber que havia uma farda da corporação no banco traseiro.
Na noite de quarta (14 de março), o segundo-sargento da PM Jorge Ulisses Vieitas Fernandes Vieira foi morto a tiros por um grupo de homens armados na rua Irapuã, na Penha Circular, na Zona Norte do Rio. Ele seguia em seu carro, um Fiat Uno prata, para o quartel do 5º Batalhão, quando foi rendido. Desta vez, os ladrões também teriam atirado ao perceber que, dentro do carro, estava a farda do PM. Os criminosos levaram o carro e a arma que ele portava.
Na quinta-feira (15 de março), dois PMs foram assassinados. Pela manhã, o soldado Elson de Souza Rente, 30, foi baleado ao tentar impedir um assalto no Jardim América (zona norte). Um colega que estava com ele no momento do crime, Leandro Ipanema, ficou ferido. À noite, o sargento Aílton Lima da Fonseca morreu depois de ser baleado na cabeça durante uma operação na favela da Metral (zona oeste).

Policiais revistam crianças

Mais uma cena chocante estampou as primeiras páginas dos principais jornaisdo país: um policial, com um fuzil em punho revistava crianças, de uniformes da rede municipal de ensino do Rio, na passarela de Vigário Geral durante uma operação nesta favela carioca. A justificativa usada era de que a investigação havia fotografado traficantes escondendo armas nas mochilas dos alunos. Com uma decisão polêmica, a desembargadora Cristina Tereza Gauli concedeu uma liminar, proibindo a polícia de causar constrangimento, por causa de revista, a qualquer criança ou adolescente no Estado do Rio. De acordo com a decisão judicial, os policiais só poderão revistar menores em situação de flagrante delito ou com fundamentada suspeita de prática criminosa. Mesmo nessas situações, a criança deverá estar acompanhada de um responsável ou de algum representante do Conselho Tutelar.

A liminar, que atende ao pedido da ONG Projeto Legal, foi comemorada pelo coordenador da organização. "Essa é uma vitória para os jovens de todo o Estado do Rio. O que as fotos da ação da polícia mostram é um absurdo. Não se pode aceitar que crianças recebam o mesmo tratamento dado a um criminoso", disse o coordenador Carlos Nicodemos. A ONG Projeto Legal desenvolve projetos sociais na área da defesa dos direitos humanos de menores. A decisão também foi elogiada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). "Se os traficantes usam as mochilas das crianças para esconder armas, são eles que devem ser combatidos", afirmou o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, João Tancredo.

Em contrapartida, a polícia argumenta que sem poder fazer as revistas, fica difícil coibir esse tipo de ação dos traficantes. Porém, fatos mostram que não só eles estariam usando menores em atividades criminosas. Maria de Fátima Ventura, 42 anos, foi presa em um supermercado na Pavuna, zona norte do Rio, acusada de roubar dez latas de azeite importado e colocá-las na bolsa da filha de 12 anos. A adolescente foi abordada quando saía com a mercadoria roubada. Os seguranças acompanharam toda a operação através do circuito interno de TV. A adolescente, que segundo os policiais estava apavorada e muito nervosa, contou que foi a primeira vez que presenciou a mãe levar produtos de alguma loja, mas admitiu que desconfiava que Fátima praticasse esse tipo de crime. Ela foi entregue ao advogado da mãe e depois levada para casa de parentes.

Esses dois casos acenderam a polêmica entre os alunos do Campus Madureira, da Universidade Estácio de Sá. Estudante de Jornalismo do terceiro período, Rafael Paim considera que em alguns casos a revista é inevitável: "Só acho válido a revista quando há certeza de que existe alguma mochila da criança, como no caso do supermercado. Fora isso, sou totalmente contra." O aluno Rodolfo Machado, do terceiro período de Direito, também admite a revista, desde que feita com a presença dos responsáveis e autoridades legais: "Essa revista fere a Constituição. Só concordo, se as crianças estiverem na presença dos pais. Nenhum policial pode expor essa crianças ao ridículo de ser revistada, como se ela tivesse cometido um crime". Fabiana Almeida, do sexto período de Publicidade, concorda que a revista possa ocorrer desde que de uma forma legal. "Revistar sem fundamento não acho legal, a não ser que haja algum indicio que tal criança esteja com armamento ou drogas."

Matriculada nos sexto período de Letras, Miriam Melo, é radicalmente contra a revista e acha que casos como da exploração da menor pela mãe para roubo no supermercado é um fato isolado que não justifica a liberação da revista. "Nada justifica esse ato. Até porque o que tem acontecido são fatos isolados. Não acredito que são todos os pais que faz seus filhos passarem por esse tipo de constrangimento. Os pais merecem pagar caro por isso." Já Thiago Gomes, do sétimo período de Informática, discorda, acha que muitos pais usam os filhos para práticas de crimes e permitem, ou são coniventes, com a exploração deles, pelo tráfico: Só concordo por causa do "maucaratismo" dos pais. Mas concordo também com um estudo ou um treinamento (por parte dos policiais), para essa revista ser realizada de uma forma que não traumatize a criança."

segunda-feira, 19 de março de 2007

Morte da menina Alana aumenta as estatísticas da violência

Mais uma infeliz adesão na mobilização contra a violência. A diarista Edna Ezequiel se uniu a milhares de famílias vítimas que lutam contra este mal que tomou conta de todo o país. Edna teve a sua filha Alana Ezequiel, de 12 anos, morta durante confronto entre traficantes e policiais no Morro dos Macacos, em Vila Isabel, Zona Norte do Rio. A menina voltava para casa depois de ter deixado a irmã mais nova na creche, quando foi surpreendida por uma operação da polícia para combater o tráfico de drogas. Houve troca de tiros e Alana foi baleada na região lombar. A bala atingiu o pulmão e o fígado da estudante, que deu entrada no Hospital do Andaraí, mas não resistiu aos ferimentos.

Ao saber da notícia, a mãe de Alana entrou em desespero, e desde então, acumula olhares tristes, choros contidos e desesperança. Durante a missa de sétimo dia em homenagem a menina, na Igreja da Candelária, no Centro do Rio, ela rompeu o silêncio e clamou por justiça. "Só vou descansar quando souber de onde partiu o tiro que matou minha filha".
Unidos na dor e no protesto, famílias de vítimas da violência estiveram presentes para se solidarizar com Edna, inclusive os pais no menino João Hélio, que completaria sete anos ontem.
O secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame, após cumprimentar Edna, afirmou não ser a polícia a única culpada pela degradação da paz. “A polícia deve cumprir o seu papel de reprimir a violência, mas a população precisa questionar se é esse tipo de sociedade que deseja. Um assassino não nasce no momento que comete o crime, mas é formado ao longo dos anos, pela falta de oportunidades e de educação", frisou.

ONG levanta tese que moradores de favelas são as principais vítimas de violência
O presidente da ONG Justiça Global, Marcelo Freixo, acredita que moradores de favelas sofrem mais com a violência. “A explicação para isso está na política de segurança que está colocada no Rio, que é uma política que não prevê segurança para essas comunidades carentes. Pelo contrário, prevê segurança contra os moradores de favelas.", alerta Freixo.
A Organização é defensora dos direitos humanos.
O presidente da ONG Viva Rio Rubem César Fernandes, mostrou indignação ao saber que a morte de Alana engorda as estatísticas da violência carioca. “Ninguém agüenta mais. E não adianta dizer se foi assim ou assado. A pergunta se foi bala do bandido ou da polícia é uma pergunta sem importância alguma. O fato é que ela morreu por um tiro, no meio de um tiroteio”, afirmou.